Assinalando a data do falecimento do Infante. D. Henrique, realizou-se neste domingo a abertura ao público do Centro Expositivo da Fortaleza de Sagres, alusivo aos Descobrimentos e à Expansão Portuguesa, localizado em edifício pré-existente devidamente reabilitado para o efeito, com um investimento global de 3.156.427 €, cofinanciado 1.047.642 € pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através dos fundos europeus geridos na Região, via Programa Regional do Algarve – CRESC ALGARVE 2020, e por verbas do PIPITAL (contrapartida da concessão de jogo geridas pelo Turismo de Portugal).
“Esta é uma homenagem singela ao legado do Infante D. Henrique e à epopeia dos Descobrimentos, valorizando o património histórico classificado da Região“, assinalou o Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e gestor do Programa Regional, José Apolinário, “resultado de mais de uma década de conjugação de esforços da CCDR Algarve, na sua missão de promoção do Desenvolvimento económico e social da Região, e da Direção Regional de Cultura do Algarve”.
O Infante D. Henrique foi o terceiro filho do rei D. João I e nasceu no Porto a 4 de março de 1394, tendo-se constituído, ao longo da sua vida, como um dos principais responsáveis pela epopeia dos Descobrimentos Portugueses e incentivando as primeiras viagens marítimas à descoberta de novos territórios.
A sua vida ficou indelevelmente ligada ao Algarve, ao desenvolvimento da ciência náutica, ao conhecimento e formação nas artes de navegação, reunindo em torno da denominada “Escola de Sagres” alguns dos mais experientes e conhecedores de cartografia, astronomia, geografia e navegação da época.
Em sua homenagem, a Marinha Portuguesa adotou a divisa “talent de bien faire” (vontade de bem fazer), que exorta ao esforço pessoal no sentido da perfeição.
A operação contempla três grandes componentes: a reabilitação do edifício com substituição da cobertura, reparação dos revestimentos interiores e exteriores, e demais trabalhos para adaptação dos espaços aos novos usos e funções; a museografia e instalação do centro expositivo – montagem de conteúdos expositivos, que irão potenciar o entendimento do sítio por parte de quem o visita, nas vertentes histórica e geográfica e na sua ligação ao património e ao potencial turístico da região; e ações de divulgação – realização de um evento âncora e de várias ações na área da comunicação.
Esta operação encontra-se prevista no mapeamento dos equipamentos culturais e visa promover a valorização do património cultural e natural, reforçando a ligação da Cultura e do património cultural com o Algarve como destino turístico de excelência.
Com efeito, trata-se de um equipamento estruturante que contribuirá para reforçar a qualidade da oferta turística regional e para o aumento do número de visitantes a este monumento nacional classificado que, neste presentemente, já é o mais visitado a sul do Tejo.